domingo, 29 de novembro de 2009

Parque de diversões de Jesus

Na última sexta-feira, por indicação de nosso líder de jovens, Pr. Alceu Filho, assisti à uma pregação  de Paul Washer que gostaria de compartilhar com vocês.

Chocou-me, ao mesmo tempo em que me fez vibrar de alegria, pois ele diz o mesmo que tenho dito ou tentado dizer: nós que nos dizemos filhos de Deus e separados para Deus, estamos vivendo e queremos viver uma vida muito igual ao mundo, com atenção aos nossos gostos, desejos e vontades, preocupados com entretenimento e diversão – ainda que mascarados – que são cópia fiel do que o mundo faz.

Meu Deus! Como gostaria que cada um dos que lêem agora, assistam a mensagem, tomem consciência de que, a não ser que vivamos a vida de Jesus Cristo, no Estilo de Vida de Deus, seremos abandonados a nossa sorte, apartados da graça de Cristo, sem a qual não nos resta nada que não a ira de Deus, derramada sem mistura.

Ah Meu Deus, toca em nossos corações para entendermos que o Senhor quer algo mais de nós e tem algo mais a nos dar. Toca Senhor em nossos corações para aceitar que necessitamos andar pelo caminho estreito, como Moisés, Arão, Abrãao, Davi, José e tantos outros que ao final venceram e hoje descansam na certeza da salvação.

Mostra-nos Senhor que o cristianismo não é somente um parque de diversões, com música e palavras agradáveis. Com entretenimento e diversão, com festa e danças! Mostra-nos, Oh Deus, que o Cristianismo verdadeiro é a resposta de vida daqueles que tiveram um encontro verdadeiro Contigo e que renovam seu encontro a cada dia, pela manhã e pela noite e que se arrependem dia após dia de seus pecados.

Arranca de nós Senhor, esta idéia satânica de que vivemos em um parque de diversões de Jesus e que somos salvos simplesmente porque vamos à Igreja aos Sábados e, algum dia, fizemos uma oração pedindo que o Senhor entrassem nosso coração, como se fora uma fórmula mágica, mas nos erguemos e continuamos vivendo a vida do mundo e com o mundo, preenchendo o espaço em nosso coração que deveria ser Teu, com leviandade, paixões humanas e gostos não santificados, correndo atrás de cantores, não pela mensagem que deveriam pregar, mas como artistas, que mostram tudo menos a Ti.

Muda nossa mente, Pai. Para Tua honra e Tua Glória. Amém.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

“Canta-nos uma música de Sião”

captivity

Sentados às margens do principal rio da Babilônia, os deportados choravam e lamentavam seu exílio e a desolação de Jerusalém, a Santa Cidade. Eles se havia proposto não mais cantar enquanto não cruzassem os umbrais da cidade de Davi. Eles não consideravam que a música de Sião devesse ser cantada em lugares estrangeiros.  Ainda assim, eram constantemente instados por seus captores a cantarem aquelas músicas, músicas de Sião.

 

Esta cena, retratada no Salmo 137, nos fornece algumas lições muito significativas quanto à música.

 A música de Sião era alegre.  O verso 3 do Salmo 137, literalmente, diz que os que atormentavam aos cativos queriam que eles mostrassem  simchah ou alegria. Esta alegria era diferente daquela proporcionada pelas músicas da própria Babilônia. Era uma alegria que brotava da contemplação das obras magníficas do Senhor Onipotente, como o transbordar do coração em adoração, que aos borbotões, se traduzia em música solene e alegre louvor. Por isto, era agradável e alegre.

Os músicos e a música eram de Sião. Os babilônios não pediram aos deportados que utilizassem seu talento musical para cantar músicas de Babilônia, nem que transformassem a música da Babilônia à maneira da música de Sião, para torná-la mais agradável aos ouvidos babilônios ou às bocas dos cantores judeus. Na verdade, os próprios babilônios reconheciam que os cativos eram pertencentes a Sião e sua música era dali proveniente e inspirada nas experiência que eles ali tiveram.

A música de Sião era diferente. Não se pode superestimar este aspecto. As música de Sião era diferente. Não assemelhada em nada àquelas que os captores estavam acostumados a ouvir, escutar e desfrutar. Ela era diferente! Diferente na essência e na forma. Não eram sensuais melodias, cujo efeito era agigantado pelo consumo desenfreado de bebida forte ou vinho. Nem eram ritmadas músicas de celebração imperial, acompanhadas da procissão dos vencedores.

Na verdade, eram músicas, cuja essência era a adoração e a forma era o louvor. Deste binômio, cuja fonte era a certeza da Presença de Deus na vida e o objetivo era estar com a vida na Presença de Deus, brotava toda forma de música daqueles cativos.

Esta diferença era de tal forma marcada que chamou a atenção dos captores, que solicitavam que eles cantassem aquelas músicas. Eles não encontravam nada semelhantes às músicas de Sião na Babilônia. christian-rock

Por outro lado, os cativos judeus não buscaram igualar sua música a do mundo de seu tempo. Não pensavam que para conseguir uma integração com os povo de Bel, eles deveriam copiar as músicas deles. Não pensavam que por estarem imergidos na cultura de Marduk, deveriam alterar sua características de cidadãos de Sião. Eles ainda eram cidadãos de Sião.

E hoje? Será que nossa música ainda pode ser de tal forma diferenciada da música da Babilônia, de maneira que eles peçam para que cantemos as músicas de nossa pátria, Sião? Será que estamos demonstrando ainda ser cidadãos de Sião, com música de Sião, com vida de Sião, ou fomos engolidos pela cultura e nada mais somos do que um grupo de diferentes iguais?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ENEM

Aproxima-se o ENEM e mais uma vez no Sábado. Apesar de havermos logrado que as provas nos sejam aplicadas após o pôr do sol, alguns de nossos jovens têm-se questionado se estar todo o dia de sábado trancado em uma sala, pensando nas provas a serem realizadas dali a algumas horas, não seria também transgressão do mandamento sábatico, equivalendo a fazer a prova de facto.

Eu gostaria de oferecer algumas idéias, no intuito de ajudar a entender esta questão.

A primeira consideração que se pode fazer é que, talvez, o questionamento levantado se baseie em uma redução do alcance da adoração sabática, transformando-a em algo a ser praticado apenas e exclusivamente dentro do templo ou da Igreja. Não obstante, há que se lembrar que o sábado é tempo sagrado e não local sagrado. Não me entendam mal. Obviamente, a junção de local sagrado e tempo sagrado responde aos chamados divinos par ao ajuntamento da assembléia – representada pela Igreja, conforme Levítico 23. 2503123703_4c09641567

O que se deve acentuar, entretanto, é que a ausência do local não invalida automaticamente a necessidade da adoração no tempo. E este princípio básico é demonstrado na prática, no episódio de Atos 16, quando Paulo se reúne a outros que adoravam a beira-rio, por não haver templo para adoração sabática.

Por tanto, é necessário entender que, dadas certas situações adversas, é preciso manter a adoração no tempo sagrado, pois é o tempo não o local que é importante.

E isto será cada vez mais verdade, na medida em que nos aproximamos do final dos tempos, quando não teremos mais locais de adoração, mas teremos que adorar a Deus e repousar no santo sábado no meio dos montes e lugares inóspitos. E aqui o segundo pensamento:

Não seria desejável que se tomasse esta adversidade, como uma prefiguração dos eventos persecutórios futuros? Penso que sim. E penso que justamente isto deve nos auxiliar a tomar a posição correta. Se hoje, quando nos ainda é dada a possibilidade de esperarmos o final do sábado para fazer a prova do ENEM, escolhemos o caminho mais fácil e resolvemos fazê-la nas horas sagradas cumprindo nosso dever como cidadãos, racionalizando que é não há diferença entre fazer as provas e ficar em uma sala isolada, qual será a atitude a ser tomada, quando formos requeridos abandonar o sábado, para salvaguardar nossas vidas?

Lembremos que tudo o que passamos aqui, precisa ser uma preparação para os momentos finais, nos quais as nossas escolhas terão conseqüências eternas. E que nossa correta compreensão do sábado e das questões envolvidas no grande conflito pesarão a nosso favor naqueles dias.